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Desvalorização do Real: o Covid-19 é o responsável?

Por: Ana Júlia Partata e Sophia Borghetti

Estamos vivendo um momento de incerteza quanto ao comércio internacional e as economias de seus respectivos países, devido à pandemia do Covid-19. Problemas como frenagem no crescimento socioeconômico, a queda nos mercados financeiros e atraso de abastecimento das cadeias produtivas já são esperados. Hoje, a doença viral já é um entrave ao comércio e às atividades empresariais em todos os países, e consequentemente, também já atinge a maior economia da América Latina.

O Brasil enfrenta hoje a maior desvalorização do real perante ao dólar, e mesmo que o Covid-19 seja colaborativo para isso, ele não é o único responsável. Medidas estratégicas, como abaixar a taxa Selic, vem tornando a economia brasileira cada vez menos atraente para o investidor estrangeiro, vendo que essa medida significa menor remuneração na renda fixa. Com essa saída de bilhões de dólares da economia brasileira, o dólar atinge valores extraordinários, tendo crescido mais de 15% em relação ao real em 2020.

Para conter o alto crescimento da moeda norte-americana, o Banco Central Brasileiro já tomou algumas iniciativas para tentar reduzir a desvalorização do real. Segundo o jornal Estado de São Paulo, foram vendidos 7,2 bilhões de dólares à vista para os agentes financeiros, valor que representa um quarto do total vendido durante todo o segundo semestre de 2019. Tal medida tem como fim estacionar o preço do dólar. Em outras palavras, estamos falando sobre a “queima” de reservas internacionais, que trata-se de um reservatório emergencial de dólares. No entanto, essa ação divide opiniões. Enquanto alguns especialistas concordam com a utilização destas reservas, visto que estamos em uma situação de crise, outros já não a consideram algo prudente, uma vez que o Brasil não passa sensação de credibilidade para outros países, no que diz respeito a investimentos futuros.

Assim como o Banco Central, a Bovespa também vem sendo prejudicada. Estima-se que os investidores estrangeiros já retiraram 45 bilhões de dólares nesse breve início de ano, sendo o maior valor da história, superando o retirado em 2008.

Ou seja, são diversos fatores que, acumulados, tornaram nossa moeda desvalorizada como está atualmente. Apesar de o coronavírus estar prejudicando os mercados internacionais do mundo inteiro- consequentemente dificultando qualquer tipo de investimento estrangeiro- algumas atitudes tomadas pelo governo, pelo Banco Central e pelo mercado brasileiro em geral contribuíram para a situação de hoje.

Vale ressaltar, entretanto, que todas as histórias têm dois lados: uma vez que temos a desvalorização da moeda de nosso país, as empresas brasileiras se tornam mais competitivas no exterior, já que seus produtos estão mais baratos comparados a outros, isso impulsiona as exportações. E, como explicado em nosso post anterior, em meio ao caos no mercado mundial com o coronavírus, o setor que achou brecha e continua crescendo é o de e-commerce. Então, já pensou se juntarmos estas duas situações? Essa é a aposta da F5 Junior: crescimento mundial no ramo de e-commerce. E você pode saber mais sobre o assunto clicando aqui.

Ainda em relação às exportações brasileiras no geral, prevemos uma depressão especialmente no ramo de matérias-primas; pois um importante destino delas é a China, e como já sabemos, ela é um dos principais países que está sofrendo com a redução no crescimento econômico e comercial.

Quanto às importações, a desvalorização do real deve tornar mais viável ao brasileiro consumir produtos nacionais, uma vez que o valor de produtos estrangeiros deverá subir. Todavia, as indústrias que têm a tendência de importar insumos ou maquinário poderão sentir dificuldades, isso pode indicar um possível enfraquecimento no ramo industrial brasileiro e uma recessão nas importações do país.

Em suma, estamos enfrentando uma crise social e econômica inédita que, com certeza, deixará impactos e efeitos para gerações futuras. Porém, também é um momento de reinvenção, onde novas tendências comerciais e econômicas poderão surgir como meio de superar essa situação. Se quiser saber mais sobre essas tendências e adaptações do mercado, assine nosso newsletter e tenha acesso antecipado a matérias personalizadas ao interesse!

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