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O agronegócio e a imagem do Brasil no exterior

De fato, o bom desenvolvimento do setor do agronegócio no Brasil não é uma surpresa para as empresas, visto que, de acordo com a pesquisa realizada pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) em colaboração com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), sinaliza que o agronegócio promoveu novos recordes de estatísticas de volume e de receita com as exportações em 2021, com crescimentos de 10% e de 4% em relação a 2019. Portanto, apesar da situação vigente da pandemia e a COVID-19, o Brasil ainda se destaca nesse âmbito do comércio internacional, em decorrência do cenário favorável para exportações, favorecendo o setor do agro. 

Ademais, esse sucesso do Brasil no exterior decorre-se por diversos motivos, sendo uns deles: o apoio e incentivos governamentais, a utilização de novas tecnologias nas produções, o surgimento de novas fronteiras agrícolas como o caso do Mapitoba na região Centro-Oeste, o território brasileiro e sua diversidade de alimentos a serem ofertados, o fortalecimento da demanda externa e claro, o interesse dos produtores em inovações e o reconhecimento da importância da internacionalização. Portanto, esses fatores influenciam diretamente nas porcentagens de vendas internacionais. 

Nesse sentido, os empresários devem atentar-se a esses requisitos da ascensão brasileira, compreender como o país se classifica nas transações comerciais, quais os produtos que valem mais a pena para efetuar vendas, analisar o mercado e qual o seu objetivo para comercialização e acima de tudo, procurar inovar a empresa internamente, com adoção de novas tecnologias e modernizações, promover o desenvolvimento da gestão da empresa e buscar saber das novas tendências internacionais. Portanto, é dessa maneira que o produtor consegue se destacar no comércio internacional.  

Vale ressaltar, os setores de destaque do Brasil na comercialização: pecuária e agricultura. No âmbito da pecuária, na bovinocultura de corte, o faturamento anual cresceu expressivos 25,22% em 2020, impulsionado pela alta de 32,35% dos preços reais, na comparação entre 2019 e 2020, esse resultado é em decorrência da alta demanda de carne no mercado externo, inclusive, com a valorização do dólar. Na avicultura, o faturamento cresceu 18,71% em 2020, a produção, por sua vez, aumentou 2,94%, esse aumento não é uma surpresa, visto que pela alta demanda de carne nas exportações, o crescimento da demanda de carne aviária cresceu também, uma vez que é uma carne mais barata. 

Ranking Agricultura IBGE – Valor da produção:

A soja predomina como principal produto produzido pelo Brasil, apesar de a maior quantidade produzida ainda ser a cana-de-açúcar, a soja é o grão que detém o maior valor de produção no país, sendo o principal produto exportado. Ainda pode-se ressaltar outros grãos como o café e o milho com destaque nas lavouras brasileiras, novamente tendo alta capacidade de exportação, fazendo então que estes quatro principais produtos de plantio sejam responsáveis por grande parcela do valor do PIB no setor agrícola. Segundo dados do Fundo Monetário Internacional, a contribuição da agricultura coloca o Brasil em sétimo lugar entre as quinze maiores economias do mundo em projetos de paridade PIB/paridade do poder de compra (em bilhões de dólares). O Fundo Monetário Internacional prevê que até 2050, o país se tornará a sexta potência mundial. Um dos pilares mais poderosos serão os empreendimentos agrícolas, que usualmente são a causa do superávit econômico e do crescimento do PIB.

Ranking Pecuária IBGE – Valor de produção: 

Agora que foi explicado qual o devido destaque do Brasil no mercado internacional e seus setores de maior relevância, entenda quais são os principais parceiros comerciais do governo brasileiro e que podem ajudá-lo a tomar uma decisão de qual país priorizar na hora de internacionalizar a sua empresa e inseri-la no comércio exterior. 

  • China: Como maior parceiro comercial do Brasil, a China que aparece como a segunda maior economia do mundo – e é a maior do BRICS – importa do Brasil produtos como soja, carne de aves, carros, minério de ferro, petróleo e ouro. Além disso, exporta vários produtos para cá a ponto de em 2015, criarem um Fundo de Cooperação Brasil-China para desenvolver ainda mais as trocas comerciais entre os dois países.

  • Estados Unidos: Já o segundo principal comercial do Brasil é a maior economia mundial, ou seja, os Estados Unidos. Só em 2018, o Brasil exportou 28,77 bilhões de dólares para os Estados Unidos, sendo a maior parte disso produtos como óleos brutos de petróleo, semimanufaturados de ferro e aço e aviões

  • Países Baixos (Holanda): Uma surpresa para muitos, a Holanda (Países Baixos), também aparece com destaque nas negociações com o Brasil. Com o crescimento recente das exportações, a Holanda compra do Brasil principalmente tubos flexíveis de ferro ou aço, farelo de soja e minério de ferro e, hoje, configura-se como o terceiro maior parceiro comercial do Brasil. 

  • Argentina: por ser um país vizinho e integrante do Mercosul, existem muitas facilidades e incentivos para transações comerciais. Entretanto, apesar dos problemas econômicos que o fizeram perder espaço nos principais países importadores de produtos brasileiros, ainda se mantém como importante parceiro comercial.

  • Oriente Médio: E por fim, outro grande parceiro comercial brasileiro, tem em não só um país mas uma região. O Oriente Médio que cada vez mais aumenta o índice de importações de produtos brasileiros e renderam em 2019 ao Brasil um superávit de 4,2 bilhões de dólares. Os principais produtos exportados são carne de frango, milho em grãos, açúcar e carne bovina.

Por: Douglas Magalski e Raquel Ribeiro

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